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Análise e interpretação

A Boa Vida de Micarla de Souza

Henrique Araujo
Escrito por Henrique Araujo em janeiro 2, 2013
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Olá pessoal, estou postando aqui um fichamento analítico de uma matéria publicada na Revista Veja que tratava de um caso de uma Prefeita corrupta.


A boa vida de Micarla
SPERANDIO, Marcelo. A boa vida de Micarla. Veja, v. 45, n.48, p. 86, Nov. 2012.
Com 92% de rejeição, Micarla de Souza foi afastada do cargo de prefeita de Natal no ultimo dia 31 de outubro por determinação da Justiça. O autor destaca os gastos mensais de Micarla de Souza, que chegava a somar 180 000 reais por mês, o que superava em larga escala o seu salário anual de 168 000 reais. Para tornar a situação pior, o autor mostra que Micarla de Sousa, para poder arcar com seus exorbitantes gastos mensais, desviava verbas da Saúde e da Educação, que são pilares de sustentação para a manutenção e o desenvolvimento de toda e qualquer cidade. Analisando a questão sob o ponto de vista filosófico e partindo especificamente de premissas Aristotélicas, percebe-se que Micarla de Souza não é capaz de ser portadora do que Aristóteles denominava de virtude moral, a qual o homem adquire através das boas práticas em relação às outras pessoas. Obviamente, em momento algum, ela chegou a pensar nas crianças e adolescentes que não teriam acesso as escolas por falta de condições de aprendizagem e por falta de merenda, para que ela tivesse dinheiro suficiente para pagar seus dezenove funcionários domésticos.  Ela de forma alguma pensou nas pessoas que ficariam sem atendimento médico e sem medicamentos para que ela pudesse gastar 35 000 reais mensais em viagens internacionais. Quando Aristóteles diz que “o homem bom deve ser um bom cidadão”, ele quer dizer que a bondade do homem é vista na sua relação com seus semelhantes, ou seja, através dos atos praticados pelos homens em relação aos demais. É pela prática desses atos que se conhece se o homem é justo ou injusto. Acrescendo ainda o fato de ela ter praticados esses atos enquanto prefeita deixa claro que ela não foi capaz de internalizar, ou se ela internalizou, optou voluntariamente por não seguir a premissa básica que todo administrador de realizar seus atos sempre visando o bem comum. Essas ideias levam a conclusão de que Micarla de Sousa é incapaz de ser portadora de alguma virtude moral, esteve aquém de ser uma boa cidadã, seus atos não atingiram, nem de perto, o extremo do justo, e como administradora, foi incapaz de direcionar suas ações para o bem comum.
Indicação: Este texto dedico a todos os cidadãos natalenses que buscam nos seus gestores compromisso moral para administrar as instituições públicas.
Arquivo: Textos reflexivos

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One Reply to “A Boa Vida de Micarla de Souza”

Henrique Ujo

Bote boa vida nisso rsrsrsrs :d