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Conversa Jurídica

Revelia necessária: Quem cala nem sempre consente.

Henrique Araujo
Escrito por Henrique Araujo em agosto 18, 2014
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Com certeza você já ouviu, leu ou até escreveu esse famoso “ditado popular”. À primeira vista realmente parece que, em uma determinada ocasião na qual você pode se defender, calar não seria uma boa ideia. Mas espere ai, quem disse que você tem essa obrigação?
Com o passar do tempo aprendemos uma ótima lição que seria o quem cala consente 2.0: O melhor a se fazer numa discussão, as vezes, é nela não entrar. Mas, infelizmente, só com um nível considerável de maturidade vemos essa obviedade. 
Até no meio jurídico o silêncio é garantido como direito (Art. 5º, LXIII), imagine em nossas relações cotidianas.  O cerne nesse caso está em simplesmente apreciar o tempo que tem e o tempo que seria desperdiçado jogando palavras ao vento simplesmente para reconfortar o ego da razão e submeter a parte contrária à sua tese o fato de que você está certo e outro está errado. Será mesmo que vale a pena? 
É claro que existem casos nos quais não dá para ficarmos em silêncio vendo tudo acontecer sem dizer um piu. Mas, parte considerável das discussões que temos poderiam ser evitadas através de um simples ato: Não fazer nada, ficar em silêncio, ter a consciência de que não adianta discutir com uma porta porque ela não vai te entender.
Exemplo disso são brigas de trânsito (que muitas vezes acabam em morte), brigas por religião (João acredita piamente que a religião de Pedro é satânica e quer que ele saia da mesma, mostrando total respeito. Infelizmente acaba em morte algumas vezes também), brigas por conta de times de futebol (que muitas vezes acabam em morte também) e por último e não menos importante as brigas por partidos políticos (o debate sobre política é lindo, mas o que vemos é discursos de ódio e pronto, seu partido não presta e mais algumas falácias e sofismas que com certeza você já presenciou física ou virtualmente).
Para acabar com coisas desse tipo a simples atitude de não entrar na vibe da discussão e mesmo estando com a razão (que é algo extremamente pessoal, diga-se de passagem) deixa o outro achar que tá abafando. Algumas pessoas sofrem de carência extrema e precisam alimentar o ego se sobrepondo ao próximo, você não precisa disso. Apenas escutar as besteiras e colocar a mente num universo paralelo enquanto o outro fala, fala e fala já acaba com a discussão que na verdade nunca existiu.
Entretanto algumas vezes realmente não há outra atitude a não ser discutir, principalmente quando um direito seu está em jogo. Mas quando você ver alguém soltando pérolas não seria melhor mostrar dados e informações que façam a pessoa entender do que está falando do que tentar expô-la ao ridículo ou algo parecido? Onde falta argumento sobra ignorância. Você quer mesmo ficar estressado(a)? Eu garanto que não. 
Só de você parar para pensar se vale ou não a pena entrar numa discussão já é um avanço. Não adianta querer discutir sobre tudo e todos porque quem opina sobre tudo na verdade sabe de nada. Não precisamos fazer do 319 CPC uma regra em nossa vida, deixa isso na área processual. É vida é tão curta pra ficar perdendo tempo, não é mesmo?

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