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Artigo de opinião

Ser melhor do que si mesmo: Mais do que uma meta, uma filosofia de vida

Henrique Araujo
Escrito por Henrique Araujo em setembro 26, 2015
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Você segue a filosofia platônica? Imagem: Foto/reprodução (pensador)
Olá meus queridos parceiros e parceiras de luta que compõem o mundo jurídico. No texto da sexta de hoje pretendo trazer à baila um tema que considero muito importante tanto no quesito pessoal quanto profissional: O lema de “ser melhor do que si mesmo“. Pretendo trazer todas as sextas um textinho de reflexão para conversarmos, então vamos começar com esse?
Ser melhor do que você mesmo sem dúvida alguma é uma das metas mais difíceis de ser alcançada. O primeiro motivo decorre do fato de que somos geralmente ensinados a observar os limites conforme o outro e não conforme os nossos próprios limites. Se fulano é bom em tal coisa, geralmente é porque as pessoas com quem ele se compara nessa tal coisa não têm o mesmo talento dele. O erro está justamente ai. Quem quer ser melhor do que si mesmo não vê o outro como alvo a ser batido, mas como alguém a ser observado e que eventualmente pode precisar de sua ajuda para conseguir um avanço. 

A partir do momento em que observamos nós mesmos, ou seja, tiramos um tempo no meio dessa correria simplesmente para parar e pensar no que estamos fazendo de errado ou no que poderíamos fazer melhor, tanto para nós quanto para quem está do nosso lado, começamos a percorrer o caminho da evolução pessoal. Isso serve não só para o Direito, mas para a vida. Ninguém é tão bom quanto você, logo, ninguém é tão mais difícil de ser batido do que você. Até mesmo porque seus defeitos e limitações você pode mudar, já o do próximo nem sempre é possível.
Sabe por quê? Porque é fácil identificar os limites alheios, sabemos quando alguém conseguiu atingir o seu limite porque a pessoa não consegue passar daquilo, mas e os nossos? Nós sabemos até que ponto podemos ir? Será que se gastássemos menos tempo olhando o gramado do vizinho, e cultivando o nosso, não estaríamos numa condição melhor do que se ficássemos observando demais a vida alheia pensando em como imitar aquele caso de sucesso (independentemente do que você considere ser sucesso)?
Quem segue a filosofia de ser melhor a cada dia encontra a graça justamente ai: Em sempre tentar descobrir qual é o seu limite. Justamente porque o seu limite de hoje amanhã pode ser ultrapassado pela pessoa mais interessada nisso: Você. Então sabermos quais são nossas limitações hoje é um dos primeiros passos para nos tornarmos cada vez melhores, seja lá no que for. É por isso que observar demais o gramado alheio pode ser muito mais prejudicial do que saudável. 
É natural que queiramos estar com o gramado verdinho igual ao que olhamos, mas as vezes não nos damos conta de quantas vezes ele foi regado para chegar naquele estágio. Por isso é interessante olhar para seu gramado com mais carinho, ver se está regando corretamente, se a grama é aparada periodicamente e com os cuidados devidos e também saber a hora de trocar de gramado e repor um novo, pelo fato do velho não prestar mais. 
Essa troca geralmente pode nos causar tristeza pelo fim de um estágio que nos custou muito (tempo, dinheiro, energia, expectativas). Encontrar suas limitações além de ser motivo de tristeza por saber que hoje não dá para passar disso, é um motivo de ânimo porque agora sabemos o ponto que deve ser trabalhado para haver avanço. Por isso é preciso lembrar que com o gramado novo não iremos  começar do zero, pois iremos aplicar as lições aprendidas com os erros e acertos do gramado anterior, tornando o novo melhor ainda.
Por isso nenhum erro ou acerto é inútil se for bem observado e analisado por quem o cometeu. Servirá de aprendizado posteriormente e enquanto quem começa a percorrer o seu caminho vai cometer aqueles erros básicos que um dia você cometeu – e que hoje não comete mais  – você estará num nível a mais, melhorando e ampliando sua experiência naquilo, até atingir o ápice. Uma vez atingido, agora é hora de dobrar a meta. Porém, você não conseguiria chegar até aqui se no passado não tivesse feito o simples ato de parar e pensar no que te limita e em como romper esse limite.
Então, no caso das pessoas do parágrafo anterior, reflita: Comparando o seu “gramado” com o gramado deles, nitidamente o seu está em melhor condição. Mas necessariamente você é melhor? Você é melhor do que eles ou melhor do que você era anteriormente? E se você fosse o iniciante, seria pior que o mais experiente? A diferença é o estágio momentâneo e não a qualidade ou habilidade de cada um. Para o mais experiente estar onde está, ele passou por onde você está passando e assim sucessivamente. Não é questão de ser melhor, mas sim de tempo e dedicação. 
Eles estão começando a percorrer o caminho que você já passou, ou até estão repassando porque não conseguiram sair dali, então se você se comparar com eles irá se considerar “melhor” quando na verdade não é, de acordo  com a filosofia que estamos abordando. E se enganando dessa forma achará que é suficiente ser “melhor” do que eles, quando na verdade se você observasse suas próprias limitações atuais avançaria muito mais. Comparar, nessas situações, nós dá a falsa sensação de estarmos em melhor condição quando na verdade estamos estagnados, embora melhores do que quem começou agora a andar por onde andamos.
Sem contar que se você  olhasse para si, poderia inclusive ajudar quem não consegue passar por onde você passou, demonstrando como superar aquelas barreiras. Dessa forma você não só seria melhor do que si mesmo (agora de fato!) como ganha o respeito de seus pares pelo altruísmo e pela honradez desse ato que tanto carece no seio social, mas que felizmente ainda possui uma legião de adeptos. Isso é muito importante principalmente no Direito, onde estudamos problemas para resolver problemas. 
E assim progredimos não só individual, mas coletivamente. É possível pensar em si mesmo sem prejudicar o próximo, inclusive podemos melhorar nosso redor simplesmente pelo fato de observarmos nossas limitações e tentarmos superá-las. Percebeu? Tudo depende do ponto de vista que você observa os problemas, os erros e os acertos. Acaba que você passa a usar o paradigma do  “ser melhor” não apenas como um objetivo, mas uma verdadeira filosofia de vida que traz melhoras para todos nós, começando por nós mesmos 🙂

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5 Replies to “Ser melhor do que si mesmo: Mais do que uma meta, uma filosofia de vida”

Diógenes Prado

Perfeito!

Henrique Araújo

Oi, Dio! Que bom vê-lo por aqui amigo! Obrigado! Abraço.

Unknown

Ótimo texto, eu precisava disso, obrigado!

Henrique Araújo

Oi Rodolfo, que bom amigo! Abraço.

Diógenes Prado

E aí irmão, sempre leio suas dicas e resumos, super esclarecedores.
Forte abraço!