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Querido Diário

O que aprendi com minha primeira semana de provas de 2015.2

Henrique Araujo
Escrito por Henrique Araujo em outubro 7, 2015
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Enfim acabei de responder todas as provas da primeira unidade. Como de costume, deixarei aqui algumas lições a fim de que tanto eu quanto você, se possível, tiremos algum aprendizado disso. 

1. Ter foco nas provas mais difíceis é necessário, mas sempre lembrando que existem outras matérias que podem te pegar na curva também

Durante os primeiros meses que antecedem a primeira prova do semestre, ou até mesmo a segunda, terceira, enfim, é possível perceber quando a prova será fácil ou quando será difícil. Para isso, existem alguns fatores: I) Comportamento do professor; II) Quantidade de conteúdo dado em sala; III) Dicas do professor sobre o que “cai” ou não “cai” na prova; IV) Conhecimento adquirido com as aulas e outros materiais (doutrina, vídeo, resumos da web, artigos etc).

Acontece que quanto mais conteúdo o prof passa, mais preocupados ficamos sobre como tudo aquilo será abordado na avaliação. O primeiro passo que damos, geralmente, é partir para doutrina e, quando possível, a legislação – com o objetivo de abarcar todas as nuances possíveis acerca do assunto.  A intensidade de aplicação desse estudo com mais ênfase é diretamente proporcional ao “medo” de deixar passar algo sem estudar para “aquela” prova do professor que metade da turma do período passado não  conseguiu a média.
Estudar por doutrina, lei, jurisprudência, artigos e resumos da web é ótimo, mas todo pró tem seu contra. É preciso lembrar que outras matérias menos difíceis precisam de sua atenção e, se você acabar negligenciando por achar fácil e que dará tempo de ver tudo de última hora, aquilo que era fácil começa a se tornar complicado. Nos primeiros períodos dá para dar uma mitigada nessa regra, mas a tendência é que ela se reafirme com o passar do curso.
Então é necessário separar um tempo mínimo para cada disciplina claro que existem exceções, tipo ninguém separa duas horas do dia para estudar as matérias de estágio, mas enfim. Um modo de solucionar esse dilema é fazer o que o saudoso Pierluigi Piazzi (numa palestra de estímulo à inteligência “como ficar mais inteligente” que você ver clicando aqui) ensinou: Aula dada, aula estudada HOJE. Assim não acumula e estudamos de pouco em pouco, mesmo as fáceis. Ai quando chegar perto da prova é focar nas difíceis, porque as fáceis você já estudou.
Não esquecer:
Aula dada, aula estudada HOJE
Aula dada, aula estudada HOJE
Aula dada, aula estudada HOJE
Aula dada, aula estudada HOJE

2. Para se sair bem na prova é interessante ter um bom caderno de anotações

A prova abordará o conteúdo dado em sala – frase típica dos professores no começo das aulas. Tudo que vai ser cobrado na avaliação, em regra, é dado pelo professor em sala. Por isso é importante aprender a anotar o que de fato importa e posteriormente complementar o que foi dado em sala lendo um livro, vendo um vídeo ou respondendo questões na internet quando possível. 
Eu já escrevi sobre como ter um bom caderno de estudos e digo a você que isso me ajudou bastante nas matérias em que eu realmente anotei tudo e complementei quando necessário. Nesse semestre de 2015.2 fiz uma das provas mais difíceis até agora pelo grau de detalhamento e sai dela com a ciência de que eu realmente vi todo o assunto de forma esmiuçada, pois anotei tudo corretamente, complementei com a legislação e com a doutrina e de quebra vi algumas videoaulas. 
Em compensação não pude fazer isso em todas as disciplinas, foquei nas mais difíceis pois as mais fáceis eu já tinha prévio conhecimento e sabia que não teria grandes dificuldades – e foi o que aconteceu. Mas admito que preciso aprimorar meu gerenciamento de tempo, com uma organização mais disciplinada eu poderia fazer em todas, só que fiz algumas atividades que acabaram tomando meu tempo (deu tudo certo no final, mas poderia ser melhor, sempre pode). Não é fácil trabalhar, estudar e manter outras atividades. Porém, se fosse fácil não seria Direito, então OK.
Sem dúvida o caderno de anotação é um diferencial, vale anotar a respiração do professor também (principalmente quando ele para pra falar muito sobre um assunto específico). Não deixe passar nada, depois é só passar a limpo, ler a legislação que for citada e ir pra doutrina rever pontos que não foram bem assimilados. O ideal é fazer isso em todas, mas sabemos que nem sempre é possível, mas nem por isso devemos desistir. Foca no caderno! 🙂

3. A maior importância de uma prova vai muito além da nota

Muito mais importante que um 7, 8, 9 ou até mesmo um 10 é a nota que você daria para si mesmo. Sabemos que existem 10 que valem um 5 ou 6, da mesma forma que existem 5 ou 6 que valem um 10 – então nota não é lá um parâmetro de verificação de excelência máxima de aprendizagem, mas sim de averiguação de um mínimo necessário pra avançar de semestre e enfim colar grau.
Além disso, existem diversos fatores externos e internos que interferem no desempenho de uma prova. O enfoque nas matérias de sua futura área de atuação, o enfoque nas matérias que são abordadas naquele concurso que você está esperando publicar o edital, o foco nas matérias que caem na OAB, enfim, são diversos fatores que pesam na hora da avaliação. 
Por exemplo: Se o cara quer ser Juiz Federal e entrou no curso com o propósito de construir sua base pra isso, ele já sabe que tem que tomar café com constitucional e administrativo, almoçar com tributário e lanchar previdenciário, sem esquecer as matérias processuais cíveis e penais como tira gosto. Então espera-se que nessas matérias o(a) futuro(a) Juiz(a) tenha uma dedicação muito acima do que em matérias como sucessões (que não é de competência federal), direito do trabalho, ECA etc. Logo uma nota mediana em trabalho não é lá motivo pra ficar sem dormir, até porque você não vai estudar tanto essa matéria. Mas uma nota vermelha nas matérias de “maior peso” como as já citadas já é um sinal de alerta, não de fracasso, mas de alerta. Algo deve ser revisto, alterado para melhorar o desempenho. 
Outro exemplo é a jovem que quer ser delegada de polícia… Logicamente as matérias criminais possuem grande destaque, com amparo do direito constitucional  administrativo, logo exigem um estudo mais intenso do que as demais, até mesmo para as fases posteriores (como exemplo basta ver a fase discursiva da prova de delegado da polícia federal, todas as questões giraram em torno dessas matérias, clique aqui pra conferir)
Já se a jovem ou o jovem pretende a magistratura trabalhista ou até mesmo algum outro cargo na área trabalhista, o papel se inverte, pois as matérias de peso são direito do trabalho e seu respectivo direito processual e o processo civil. Portanto, essas matérias devem ser muito bem estudadas e aprofundadas já na graduação, ganhando destaque em relação às matérias que fazem parte do certame (pra saber qual faz ou não faz basta acessar o edital do concurso). O enfoque da preparação muda muito a depender do objetivo a ser traçado
Esses são apenas alguns de vários exemplos que poderiam ser dados… De acordo com a profissão que você deseje trabalhar, haverá matérias que exigem um certo grau de aprofundamento e outras não. O curso de Direito é bem abrangente, mas nem tudo que vemos na faculdade será aproveitável em nossa futura profissão, por isso é importante ter foco no que importa sem ser desleixado com o que você sabe que não vai ver mais quando sair dali. Até porque ninguém  quer reprovar e atrasar o curso, rsrsrs. Sem contar que é muito bom sair com uma base legal em todas as matérias, quando possível.

Enfim…

O melhor disso é que a faculdade é o momento de errar, ainda dá tempo de aprender com as notas baixas ou até mesmo com os erros que não geraram uma nota baixa, mas que você sabe que poderiam ter sido evitados se prestasse mais atenção, ou por outro motivo qualquer. Não precisamos nos martirizar ao extremo, mas sim aprender com nossos erros e sempre buscar melhorar. Afinal estamos nisso para estudar problemas justamente para resolvermos problemas. Então vamos resolver os nossos e assim resolveremos posteriormente, ou ao menos tentaremos resolver, os dilemas alheios. Vamos juntos amigos! Vivendo e aprendendo. Até a próxima.

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4 Replies to “O que aprendi com minha primeira semana de provas de 2015.2”

Isabelle Vitorino

Esse post veio em ótima hora! Esses dias estive pensando a respeito da minha postura como estudante e vi que tenho cometido alguns deslizes. Se me dediquei a matérias que senti certo grau de dificuldade durante as aulas, como Constitucional, em contrapartida deixei de lado a análise mais atenta de matérias que tenho muita afinidade, como é o caso de Civil. Isso não chegou a me prejudicar, mas percebi que poderia ter feito uma prova mais tranquila. Adorei as suas dicas e espero conseguir mudar algumas coisas nessa próxima unidade. Obrigada pelas dicas!

Henrique Ujo

Oi, Isabelle. Que bom que o post foi útil 🙂 estou na mesma situação que você, só muda a matéria. Foquei bastante em previdenciário e um pouco em Direito do Trabalho II. Isso não chegou a me prejudicar, mas percebi que poderia ter feito uma prova mais tranquilo rsrsrsrs. O que importa é que aprendemos a lição e assim podemos progredir. Boa sorte! 😀

FELLIPE DE OLIVEIRA VELOSO DO CARMO

Belo post, nós estudantes de Direito, precisamos de mais pessoas assim, pessoas que estão dispostas dispostas a ajudarem. Parabéns ao blog

saberleis.blogspot.com

Henrique Araújo

Obrigado, Fellipe! Abraço.