Logo de cara, o estudante de Direito pensa: “eu NUNCA vou aprender a fazer todas essas peças, essas questões são demasiadamente complexas; ou, como tal ramo do Direito é mais amplo do que eu pensava!”. E então em meio aos estudos, treinamentos exaustivos de peças e questões, o estudante vai adquirindo confiança começa a perceber que as chances de obter êxito são reais, são possíveis. Concomitantemente a essa confiança adquirida, chega um adversário querendo impor medo: a FGV. Diversos relatos de estudantes que reclamam ter sido injustiçados, que a prova é injusta, muito difícil, que cobra além da capacidade de um graduando. Isso tudo vai minando aquela confiança inicial, mas nada que abale muito o indivíduo. DUAS SEMANAS ANTES DA PROVA: eis a hora do desespero. 14 dias, duas semanas que irão passar voando.
O examinando não quer saber de mais nada que não seja estudar! Não quer saber de dormir, de comer, de respirar até! Crises de insônia passam a fazer parte da rotina, se intensificando cada vez mais com a proximidade da prova. Nesse momento toda aquela confiança já foi pro espaço, pensa-se que não se aprendeu nada, que faltou muita, mas muita coisa mesmo pra ser vista, que vão cobrar justamente aquilo que não foi estudado. Na véspera da prova, o sentimento é de que deu um branco, de que aqueles homenszinhos do MIB, aqueles de preto sabe, deletaram tudo o que estava na memória. Dia da batalha final, dia de vencer o último inimigo que chega acompanhado do medo, do nervosismo, da ansiedade: a famigerada prova! Durante 05 curtas horas que parecem que voam, códigos são revirados, Leis específicas vasculhadas, tudo em busca da resposta certa para o que foi perguntado. Juntamente com tudo isso, tem a peça!
A peça que muitas vezes é a vilã, outras tantas a mocinha. Errar a peça significa dar adeus ao sonho da carteirinha vermelha naquele exame. Por sua vez, uma peça bem feita significa praticamente as duas mãos segurando a tão sonhada carteira para poder exercer a profissão da advocacia. FIM DAS CINCO HORAS. Nada resta mais a fazer a não ser esperar. Nesse momento, podem ocorrer algumas situações, uma vez que professores e cursinhos divulgam o que julgam ser correto: ou o estudante pensa que passou, ou pensa que não tem jeito e a reprovação é certa, ou o mais comum: a dúvida. Essa dúvida meus caros é cruel, ela machuca por dentro, ela trás pensamentos de todos os sentidos. Longos dias se passam até sair algo chamado “espelho de prova”, onde podemos ver o que esperavam que respondêssemos.
Aí então podemos ter uma visão melhor do que vem por aí.. se é a aprovação ou não, mas nada certo, afinal dependemos de examinadores, seres humanos como nós, passíveis de equívocos. Contagem regressiva até o dia do resultado final. Cada minuto é contado, cada vez que se tenta acessar o site e ele não entra devido ao grande número de acessos vai crescendo o desespero. Até que finalmente sai o resultado! Resultado cruel para alguns, cuja banca corrigiu com falhas e que necessitarão de um recurso e obviamente mais espera, ou então aqueles que realmente não passaram e tentarão novamente. Mas para aqueles que recebem a tão sonhada APROVAÇÃO, ocorre algo indescritível, uma vontade de chorar de alegria, misturada com vontade de gritar pra todo mundo: PAÇEIII! Sim, com cedilha mesmo.
É a maneira de extravasar a vitória contra um sistema aonde tudo vai contra que se obtenha a aprovação. Um misto de que se está em um sonho, com uma felicidade que não cabe em si mesmo. Amigos e familiares dando os parabéns, agradecimentos a todos que contribuíram, aos professores que caminharam juntos o tempo todo, apoiando a cada momento. O que se sente ao conseguir alcançar esse objetivo só sabe quem passou, por isso eu posso dizer: quem por acaso não conseguiu dessa vez, não desista NUNCA, o gosto da conquista supera qualquer barreira, qualquer dificuldade e vale a pena, VALE MUITO A PENA!
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