Criminologistas, essa é pra vocês 🙂
1 Até o Renascimento,a compreensão da anatomia humana foi baseada na dissecação de animais,com autópsias humanas consideradas uma afronta em praticamente todas as culturas.
2 Universidade italiana de Bolonha tornou-se a primeira instituição a utilizar autópsias forenses,aprovadas no século 14 para resolver questões legais sobre a causa da morte.
3 A Igreja Católica ordenou uma autópsia nos bebês gêmeos siameses Joana e Ballestero Melchiora em Hispaniola em 1533 [pdf] para determinar se eles compartilhavam uma alma.Havia dois corações distintos e, portanto,duas almas,com base na filosofia grega antiga de Empédocles,que acreditava que a alma residia no coração.O pai das gêmeas,que tinha pagado de má vontade por dois batismos,pode ter desejado para um resultado diferente.
4 No século XVIII o médico legista Giovanni Battista Morgagni introduziu a idéia de combinar observações de autópsia a morte de pré-sintomas clínicos,de modo que as autópsias poderia informar não apenas a anatomia,mas também diagnóstico e tratamento.
5 Em 1912, o médico Richard Boston Cabot analisou autópsias e afirmou que algumas doenças foram sendo diagnosticada a uma taxa alarmante de 80 por cento.Um estudo de 2005 em histopatologia sugere que os médicos ainda diagnosticaram erroneamente doenças fatais cerca de um terço do tempo.
6 Em cerca de dois terços dos casos incorretamente diagnosticados, a vida do paciente poderia ter sido salva,de acordo com um estudo de 1998 da Universidade de Pittsburgh.
7 O juiz Paduan Marcantonio Contarini,obcecado com os desenhos anatômicos de Andreas Vesalius, aprovou autópsias em criminosos executados.A partir de 1539,enforcamentos foram programados em torno de autópsias planejadas,que foram realizadas para casas lotadas em salas especiais.
8 No século 17,necessitando de testes químicos(e conhecimento dos mecanismos de transmissão de doenças),o médico legista italiano Antonio de Valsalva, por vezes, provou os fluidos que ele encontrava em cadáveres,em um esforço para melhor caracterizá-los.
9 Valsava escreveu que pus gangrenoso não tinha um sabor agradável, e que ficava na língua durante boa parte do dia.
10 Em 1828, os imigrantes irlandeses William Burke e William Hare se uniram para assassinar 16 pessoas na Escócia e vender os cadáveres a um médico para dissecação. Quando a trama foi descoberta, Hare testemunhou contra Burke, que foi enforcado em 1829.
11 Ironicamente, o cadáver de Burke foi dissecado (em público), e seus restos mortais estão em exposição na Universidade de Edinburgh (Escócia). Não bastasse isso, algumas pessoas roubaram parte de sua pele durante a autópsia e usaram para fazer carteiras, que foram vendidas nas ruas.
12 No Século 19, o patologista austríaco Karl Rokitansky realizou 30 mil autópsias e, segundo diziam, supervisionou outras 70 mil.
13 Ná década de 1970, autópsias de pacientes que estavam usando a droga anticancerígena Adriamycin revelaram que seus músculos cardíacos haviam atrofiado, o que levou a restrições ao uso do medicamento.
14 A realização de autópsias também foi fundamental para a evolução de próteses de articulações e de válvulas cardíacas, além de transplantes de coração.
15 Hoje em dia, muitos hospitais não “gostam” de realizar autópsias: o custo é elevado, ocupam os patologistas e geralmente revelam que os médicos erraram o diagnóstico, erros às vezes fatais.
16 Nas autópsias modernas, o rosto do cadáver normalmente fica coberto pela pele do peitoral ou do escalpo.
17 Às vezes, a equipe substitui lâminas cirúrgicas precisas por alicates de corte comuns – como aqueles vendidos em lojas de ferramentas.
18 Quase sempre, os pulmões apresentam alguma patologia em adultos, mesmo naqueles que levaram uma vida relativamente saudável. Em pessoas portadoras de mal de Alzheimer, o cérebro apresenta uma redução de cerca de 10% de seu volume.
19 Ao final do procedimento, os órgãos podem ter dois destinos: ou são incinerados, ou armazenados em um saco, que é colocado novamente no corpo.
20 Órgãos muito pequenos, como a tireoide e as glândulas suprarrenais, são pesadas em balanças de alta precisão; os demais são pesados em balanças comuns, como aquelas que encontramos em açougues.
Há pouco esguicho de sangue durante uma autópsia, já que o cadáver não tem pressão sanguínea.
Fonte: Discover Magazine
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