Hoje é sábado, dia de falarmos um pouco sobre concurso público. Hoje, não trarei indicação de aplicativo, dica de livro ou resenha (coisas que pretendo fazer num futuro não muito distante).
O tema da coluna desta semana é sobre o perigo que se esconde por trás do famoso bordão “quantidade não é qualidade”.
Não há inverdade alguma em prezar pela qualidade do estudo ao invés da quantidade de horas empreendidas em função dele. Duas horas podem render que mais que quatro, mas o contrário também é válido.
O que percebo nas redes sociais é um discurso emitido por pessoas que investem pouco tempo diário nos estudos munidas pelo uso desse bordão como muleta, criando uma enganação própria de que sua meia hora diária é muito mais rentável que as 6 horas do vizinho concurseiro.
Pode ser verdade? Pode, da mesma forma que o contrário também.
Além disso, vejo isso também ser propagado por cursos preparatórios como forma de angariar alunos cujo perfil não perfaz aquele candidato que tem dez horas disponíveis para estudar, mas sim aquele que sai 06:00 e volta dez horas depois para casa. E mesmo assim encara os estudos como meio de mudança de vida.
A questão aqui é uma só: Utilizar o máximo de tempo possível nos estudos para, simplesmente, estudar. Tem duas horas diárias? Estude duas horas e não uma porque qualidade é melhor que quantidade. Não se engane.
O bordão é útil quando bem aproveitado. Sempre que possível estude com qualidade, mas não use disso como desculpa para estudar menos tempo do que você tem disponível para os estudos.
Particularmente tenho um problema, cada vez menor, com essa questão de horas de estudo. Ao ler o clássico como estudar para concursosdo consagrado autor Alex Meirelles, confesso que uma das respostas que estava buscando era justamente quantas horas estudar para ser aprovado. A resposta dele é categórica: O máximo que você puder.
Pode no máximo uma hora hoje? Estude uma hora. No sábado pode estudar 6? Estude as seis. E assim por diante. Isso é estudar conjugando qualidade e quantidade. Uma coisa não precisa estar necessariamente separada da outra, embora as vezes realmente seja necessário reduzir para melhorar, o problema é quando isso vira um vício em que você só se prejudica.
Como exemplo cito a minha evolução nas últimas semanas em termos de horas líquidas.
Na primeira semana do mês de março, o máximo que pude estudar com qualidade se resumiu em 11 horas semanais. Já na primeira semana de abril, consegui aumentar para 31 horas.
Eu monitoro através do aplicativo aprovado, que indiquei aqui em outros textos desta mesma coluna.
Pela lógica da quantidade não é qualidade eu poderia dizer que as 11 horas renderam mais que as 31? De jeito nenhum, a primeira semana deste mês foi uma das mais produtivas para mim. A questão é tentar sempre dar o seu máximo. Hoje seu máximo pode ser 1 hora, amanhã pode ser diferente.
É preciso de sabedoria para analisar friamente que quantidade não é qualidade. Lembrando que não estou aqui para ser o dono da verdade, mas sim para refletir sobre o tema. Até a próxima!
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