Olá meus queridos amigos e amigas de notável saber jurídico e reputação libada! Como está sendo esse comecinho de 2014? Espero que bem! Hoje vamos tirar um dedinho de prosa para conversarmos a respeito dos famigerados livros esquematizados. Afinal, eles são bons para o estudo da graduação no curso de direito?
Todos nós já estamos carecas de saber da existência dessa polêmica sobre o uso de livros esquematizados. Alguns dizem que eles só servem para estudos de concursos públicos por causa dos esquemas e dos resumos. Porém, eu acredito piamente que os livros esquematizados são excelentes ferramentas de estudos mesmo para a graduação básica. E vou dizer os motivos.
1 – Contextualização do assunto abordado através de jurisprudência
Uma das melhores partes dos livros esquematizados, dentre outros fatores, encontra-se na contextualização. No momento em que você faz o primeiro contato com o assunto que está sendo abordado ali pelo autor, o mesmo utiliza de julgados e jurisprudências para mostrar na prática como o assunto que você está estudando agora se desembaraça na vida real. A maioria das doutrinas que não são no estilo esquematizadas, quando muito, usam aqueles velhos exemplos com Caio, Tício e Mévio ou seja lá quem for. Só que precisamos de exemplos reais e atuais e nesse ponto as doutrinas esquematizadas ganham de lavada.
Entretanto, é interessante lembrar que existem doutrinas secas que usam alguns julgados também apesar de serem a minoria. A maioria dos autores dessas doutrinas que não são esquematizadas fazem uso de exemplos fictícios como meio didático de fazer o leitor imaginar o assunto e assim fixá-lo melhor. Já na doutrina esquematizada o autor faz não só o uso de artifício didático mas também demonstra como aquilo ocorre no mundo real através de jurisprudências. Essa contextualização é ótima para nos situarmos sobre os acontecimentos de nosso ordenamento jurídico ao mesmo tempo em que estamos estudando para as provas, não é mesmo?
2- Praticidade em exemplificar e esquematizar os exemplos dados
Essa é a palavra correta para o que algumas pessoas chamam de resumido. Não podemos adjetivar os livros esquematizados como se fossem uma espécie de resumão ou doutrina subsidiária, uma vez que quem as usa sabe que não é bem assim. Os autores simplesmente falam em poucas palavras o que alguns outros doutrinadores demoram laudas e laudas para dizer a mesma coisa. Desde quando isso é ruim? Desde quando quem fala mais é quem fala melhor?
Temos o péssimo costume de distanciar um resumo com uma obra sucinta e objetiva. Os livros esquematizados de forma alguma são resumos ou sinopses, mas sim doutrinas que vão direto ao ponto abordando todos os temas principais do assunto. Isso não é bom? Eu prefiro ler minhas 10 páginas esquematizadas e entender o assunto do que ler 30 sobre o mesmo assunto sem esquema nenhum e ter que reler porque estava em outra dimensão ainda na metade da leitura.
Além disso, outro fato que demonstra que os livros esquematizados não são resumões consiste na grossura deles. Todos os livros esquematizados que conheço possuem mais de 1000 páginas, se você for observar a maioria das doutrinas secas verá que elas possuem em torno de 500-700 páginas.
O que isso quer dizer? Que os esquemas usados nos livros são formas de exemplificar e não de substituir a explicação densa que muitos pensam que não existem nos livros esquematizados. Eles não só explicam como exemplificam e simbolizam a exemplificação. Isso é extremamente recomendável para as pessoas que têm mais facilidade com memória fotográfica, ou seja, aquelas que aprendem mais com esquemas e mapas mentais.
3- Exercícios ao final de cada capítulo!
Outro plus que os livros esquematizados possuem e a grande maioria das doutrinas secas não possui são exercícios ao final de cada capítulo. Além de explicar, exemplificar e esquematizar a exemplificação ainda temos exercícios de diversos concursos públicos da área jurídica (lógico) para testarmos os nossos conhecimentos. Isso mostra que as doutrinas esquematizadas demonstram mais preocupação com o leitor no quesito fixação para a vida prática e teórica do direito, pois não só esquematizam como também cobram perguntas atuais sobre como aquele assunto é abordado pelas temíveis bancas examinadoras.
Particularmente eu julgo extremamente importante a realização de exercícios ao final de uma leitura. Quando fazemos os exercícios podemos ver como o assunto é cobrado e podemos testar nossos conhecimentos imediatamente após lermos o respectivo assunto e isso ajuda a fixar ainda mais o que acabamos de estudar. Sem contar que todos os exercícios vêm com comentários doutrinários a respeito do assunto abordado. Assim, a fixação do assunto torna-se muito mais didática e simples para nós batalhadores e batalhadoras da ciência mais linda do universo.
Bom, acho que isso é o suficiente para demonstrar a importância das doutrinas esquematizadas para nós estudantes de direito mesmo que na graduação, ou seja, dizer que doutrina esquematizada só serve para estudos de concursos ou então que são resumões não só é ignorância como também uma lenda. É claro que o uso de uma delas juntamente com alguma boa doutrina seca melhora ainda mais o seu entendimento sobre o assunto até porque você terá pontos de vista diferentes. Agora quem decide o que usar é você e quando for estudar dá uma passadinha em nosso grupo de estudos! É só clicar aqui (tem livro de tudo quanto é tipo lá) e partir para o abraço, quer dizer, partir para as doutrinas sejam elas esquematizadas ou não. Até a próxima! 🙂
Hey,
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Certamente. Do ponto de vista da aprendizagem, saem muito na frente, sem diminuir o conteúdo. Para tanto, basta comparar a coleção de direito civil do professor C.R. Gonçalves com o mesmo esquematizado. Além de estar presente todo o conteúdo, possui gráficos que ajudam no entendimento, bem como quadro resumo da matéria estudada e testes específicos. Abaixo ao enfadonho tradicionalismo irracional tão comum no direito.
muito bom!
esquematizado é super válido. Se alguém quiser aprofundar compra uma com mais teoria .