Primeiro livro lido do mês por aqui.
O jogo sujo da corrupção, de autoria do carinhosamente conhecido por Professor LFG, traz consigo um recorte do panorama político brasileiro.
Eu adquiri a obra logo quando fora lançada, em meados de 2017, com direito a autógrafo, em virtude de palestra por ele proferida no Tribunal de Contas sergipano.
Entretanto, até então, não envidei tempo para seu exaurimento.
O livro capitaneia uma frente literária desafiadora: tenta catalogar e explicar os últimos e conturbados eventos políticos (sem poupar críticas a todos os agrupamentos) e atesta como a corrupção não tem político de estimação.
Além de não habitar apenas num ou dois poderes da República.
Defensor da lava jato, LFG tece críticas construtivas à operação (não só, mas também a algumas causas da corrupção sistêmica como um todo, são 32 propostas), numa abordagem bem diferente de um livro que ouso dizer ser seu antônimo: O espetáculo da corrupção, de Walfrido Warde, lido outrora. Enquanto aquele põe a operação como consequência de resposta à engrenagem corrupta, este põe-na, em determinados pontos, como causa do prejuízo.
A leitura de ambos fornece um maior campo de juízo crítico do leitor.
O livro de LFG vale a pena ser lido e fica por mim recomendado. A proposição de saídas ao final demonstra sua real preocupação com o tema, não se resumindo a apontar o erro sem nada contribuir com sua correção.
Inclusive ele conseguiu prever o cenário que seria posto pós-2018 com precisão digna de quem viu o pleito eleitoral per si.
Mas não se iluda: é um livro de política que ocasionalmente fala de direito, sem olvidar o maior referencial das teses do autor, hoje deputado federal: a cidadania vigilante.
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