A notícia que mais ouvimos falar desde sexta passada é a de que uma nova disciplina será abordada no temido exame da ordem dos advogados do Brasil, mais conhecida com OAB (Se não leu clique aqui). A nova matéria será filosofia do direito e o fato da matéria escolhida ser uma propedêutica (Teoria, teoria e mais teoria) está causando um rebuliço enorme entre os juristas que irão fazer o X exame da ordem, que inclusive está com as inscrições abertas, clique aqui ou aqui e se inscreva.
O motivo do descontentamento dos oabeiros e oabeiras de plantão, entre outros, é que foi escolhida uma matéria propedêutica ao invés de uma matéria dogmática como direito previdenciário. A questão não é pelo fato de previdenciário ser mais ou menos importante que filosofia do direito, mas sim pela questão prática, até porque a prova do exame da ordem é categórica em cobrar “letra de lei” e filosofia do direito não se enquadra nesses moldes práticos.
Há especulações de que F.D foi escolhida porque o MEC adota ela como eixo de disciplina obrigatória de fundamental importância nos cursos de direito, outros alegam que é mais uma disciplina pra filtrar e afunilar cada vez mais os bacharéis que pretendem advogar, uma vez que esse mercado está lotado e não para de crescer. Outros ainda alegam que é mais uma ferramenta pra aumentar o índice de reprovação. Essa última alegação eu considero meio difícil, mas agora que o MEC fez parceria com a ordem, a tendência é que as coisas piorem ainda mais.
Já pra começo de conversa eles estão fechando alguns cursos de direito e cancelando vestibulares em todo o País para avaliar os cursos, depois inserem mais uma disciplina no exame da ordem. Nem quero imaginar qual será a próxima novidade que nos espera. O jeito é estudar como se não houvesse amanhã e esperar sempre pelo pior. Sorte de quem já está com a vermelhinha nas mãos.
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Nem acredito que já peguei a minha, mas penei durante um ano pra conseguir, me submetendo ao exame 2 vezes. Foi um dos piores momentos da minha vida, sem contar a família e os conhecidos que acham que você formou pra burro, porque não consegue passar no exame de ordem. Uma lástima! Se um dia eu tiver filhos e eles sonharem em ser advogados irão apanhar. Porque estudar 5 anos, passar mais outros anos pra passar na OAB só pra poder exercer a profissão e depois ainda ter que encarar o mercado, recém formado, muitas vezes sem referência familiar na área, é praticamente cometer suicídio. A Ordem e Mec agem como se Advogar no Brasil fosse grandes coisas. Sinceramente, esta aí um curso que você deva se aventurar apenas por amor, vocação. Porque por dinheiro, status ou facilidade profissional, passa longe!
Oi Sabrina, tudo bem?
Obrigado pelo relato de sua experiência na advocacia. De uns tempos pra cá a vocação tem sido o fator preponderante para que entremos nesse meio. Como não se bastasse, ainda temos que ser submetidos à uma prova bastante criticada porém essencial (Até quando?). Esse negócio de enricar no direito tá cada vez mais virando fábula rsrsrs, abraços 🙂