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Constitucional

Calouro(a) de direito: 03 oportunidades acadêmicas que você deve conhecer

Henrique Araujo
Escrito por Henrique Araujo em março 18, 2018
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UFPR
UFPR. Imagem: Foto/Reprodução (jornal Direito UFPR)



A fase da calouro no curso de Direito é bem delicada. Não é das tarefas mais fáceis tomar ciência de todas as informações minimamente úteis que servirão de norte durante os longos anos do curso.


São muitas informações desencontradas, muita gente disposta a zoar e pouquíssima disposta a, de fato, contribuir com sua experiência para que o calouro possa ir mais longe, ou ao menos estar a par do que o espera e do que ele pode esperar.

Pensando nisso, no texto de hoje separei as algumas oportunidades acadêmicas que você, calouro (a) de direito, deve estar atento (a). 

Não poderia deixar de agradecer a vocês, calouros(as) do curso, pela constante presença aqui no blog. Fico muito grato em somar forças. Qualquer coisa chamem no e-mail.

No texto descreverei a utilidade para que você reflita se valerá a pena ou não investir nela. 

Portanto, meu objetivo com esse texto não é forçar você a fazer ou deixar de fazer coisa alguma. Quero apenas que você tenha ciência que elas existem.

Acredite, muita gente (inclusive veteranos) passa a vida toda na faculdade e nem tem ciência que há mais coisas na faculdade do que frequentar o semestre, responder provas e seguir para o semestre seguinte. 

Ou então quando tomam ciência já é tarde demais. Não quero que você seja uma delas.

Pois bem, feita essa pequena introdução, vamos lá.


1. Iniciação científica


Não poderia começar essa lista com outra oportunidade/experiência acadêmica que não a própria iniciação científica – IC. 

O objetivo dela é fornecer todas as ferramentas para que você saiba como fazer uma pesquisa em nível acadêmico.

Como o próprio nome diz – iniciação – você não fará as coisas sozinho (a). Por isso, uma das exigências do programa é que você tenha um Professor orientador com titulação de Doutor.

Durante a iniciação você poderá evoluir bastante. Aprenderá, com quem já passou por tudo que você está passando, a fazer um bom artigo, uma boa monografia, apresentação de trabalhos (fruto de suas pesquisas) em congressos, anais eventos regionais, locais ou até mesmo internacionais.

Quando você chegar na época do TCC não vai sofrer como 99,9% dos acadêmicos sofrem. 

O que muitos fazem pela primeira vez ao final do curso, você fará várias durante a iniciação científica, sem pressão, e ficará craque nisso. Pode até usar suas pesquisas no TCC.

Eu fiz iniciação científica. Foi verdadeiramente uma das melhores experiências que passei. Enfrentei meus medos e cresci com isso. 

Para que você tenha uma ideia, sou bastante tímido, nos primeiros trabalhos que eu ia apresentar (primeiro ano de curso) minhas pernas tremiam mais que vara verde, sério. ABNT era grego pra mim.

Eu gaguejava, tremia de vergonha, mas de tanto apresentar você vai melhorando. Melhora na escrita (você vai perceber erros antigos e vai reparando), no trabalho em grupo, na oratória, na capacidade de analisar criticamente os fenômenos jurídicos, enfim, você cresce em todas as vertentes possíveis.

E o melhor disso: sempre acompanhado (a) de seu orientador. Por isso não tenha medo nem vergonha de apresentar seus estudos. Você receberá acompanhamento para isso! 

Se a IC ajuda até quem é tímido, imagine você já tem uma capacidade inata de comunicação.

Ao final da iniciação, que costuma durar um ano, você deverá entregar um relatório final de pesquisa informando o resultado de seus estudos.

Algumas instituições exigem que você apresente esse relatório final através de artigo em algum evento científico.

A maioria dos programas de iniciação científica no curso de direito fornece bolsas de estudo. Não é lá uma fortuna, mas já ajuda a comprar um livro, a se deslocar, com alimentação, passagens, essas coisas.

Se você é tímido(a), tá ai a grande oportunidade de melhorar seus pontos fracos. Eu continuo tímido, mas hoje lido muito bem com isso. 

Não travo e nem fico mais com medo de me apresentar. Isso me rendeu uma láurea ao final do curso, dado o meu desempenho na apresentação do TCC, que fiquei com nota máxima. 

Para entrar num projeto de iniciação, você precisa do auxílio de um Prof. Dr. (algumas instituições aceitam Mestres) e principalmente ter um projeto inicial. 

Você deve comparecer ao setor de pesquisa e extensão de sua universidade e procurar saber qual é o trâmite. 

As universidades costumam abrir prazo para apresentação de projetos (você não apresenta oralmente nada, apenas faz um projeto e envia) uma vez por ano (lembra que eu disse que o projeto dura cerca de um ano? Então, quando uns acabam os outros começam).

Já escrevi um texto exclusivamente sobre iniciação científica. Qualquer coisa clique aqui.

2. Monitoria

A monitoria é destinada para aqueles alunos que desejam seguir a carreira de docente, ou seja, ser professor de direito.

Nela, o (a) monitor (a) também terá um orientador, que será um professor de direito da instituição. 

A monitoria é mais curta que a iniciação científica. Dura apenas um semestre, que é o tempo em que uma matéria é ensinada na faculdade. 

Nesse período, você aprenderá como chegar até a docência superior. Dentro desse pacote, estão incluídas: Aulas expositivas de reforço, elaboração de provas, simulados, correção de notas, divisão de assuntos, elaboração de ementas, entre outros.

O programa de monitoria também costuma fornecer bolsa de estudo.

Vale lembrar aqui que nem todo programa de monitoria é igual. Vai depender muito do quanto seu orientador está disponível para te auxiliar e te informar das tarefas. 

Há quem saia da monitoria sem nunca ter elaborado um plano de aula sequer, enquanto há quem saia realmente dominando os procedimentos. 

O que eu recomendo: demonstre sempre interesse em tudo que você fizer. Tente fazer a diferença, extraia o máximo possível dessa oportunidade. 

A utilidade dessa experiência vai muito do interesse e proatividade do aluno também.

O ingresso no programa de monitoria varia bastante entre as faculdades de direito: A maioria exige prova para verificar sua aptidão na disciplina.

Outras instituições não exigem prova. 

Aliás, ressalte-se que para cada matéria há apenas uma vaga para monitor(a).

Além disso, costumam exigir uma nota mínima na matéria. 

Exemplo: Para que você possa tentar ser monitor(a) de direito penal, a média que você deve possuir na matéria é X (geralmente um ponto a mais que a média normal).

Obviamente, para tentar um programa de monitoria, você já deverá ter cursado a disciplina desejada.

Por isso, calouro (a), atenção: Não relaxe com as provas, futuramente sua nota numa disciplina pode significar a impossibilidade de aproveitar uma grande oportunidade. 

Se você gostou de alguma matéria e tem desejo de futuramente lecionar, converse com o professor da disciplina sobre a possibilidade de monitoria.

Também já escrevi sobre monitoria no blog, clique aqui se quiser conferir. 

3. Intercâmbio


O intercâmbio é uma experiência na qual você irá conhecer outra cultura, dentro do aspecto jurídico.

Saiba que nem só de ciências sem fronteiras vive o homem. O departamento de Direito possui sim a possibilidade de intercâmbio.

Geralmente o patrocínio dessas atividades é oriundo de instituições filantrópicas internacionais, empresas privadas e até mesmo a própria instituição de ensino.

A duração dos programas de intercâmbio costuma variar bastante conforme o cronograma de sua universidade. No entanto, geralmente a duração fica entre 06 meses até um ano.

O método de ingresso costuma ser por CR, também chamado em alguns locais de MGP. Essa sigla significa média geral ponderada, a média de todas as suas notas na faculdade.

Os alunos com as melhores médias gerais são selecionados em ordem decrescente dentro do número de vagas. Há, também, exigência de comprovação de proficiência no idioma do País desejado (inglês, espanhol, francês…). 

Vale lembrar que há intercâmbio para Países de língua portuguesa também, a exemplo de Portugal. 

Universidades que possuem departamento de relações internacionais costumam oferecer intercâmbio para o curso de Direito. 

Por isso, para saber mais sobre essa possibilidade, compareça ao departamento de RI para ter mais informações sobre como isso funciona ai onde você estuda.

Para mais informações sobre o intercâmbio no curso de Direito, recomendo esse texto do pessoal do blog descubra o mundo.

Se você tiver interesse em saber mais sobre intercâmbios, recomendo acompanhar o blog Partiu Intercâmbio, eles sempre postam oportunidades de bolsas no exterior. Tanto para graduação quanto para pós-graduação.

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